Saber

O saber tem um sabor sóbrio.

Só brota do chão frio

Depois que as sobras de um fato

Brilham na bruma sombria

De um intelecto fraco

Deixando o bruto mais sábio.

(Leo Wilczek)

.

Engano, um esquete. Por Leo Wilczek.

Palhaço 1: O que foi aquilo?
Palhaço 2: Um engano... eu acho.
Palhaço 1: E é meu?

(pausa)

Palhaço 2: Acho que é, sim.
Palhaço 1: Ave Maria, vamos atrás dele!

(os dois correm)

Palhaço 2: Olha só, tá ali!
Palhaço 1: Tem certeza que o meu é AQUELE ali?

(aponta um pequeno engano em meio a outros)

Palhaço 2: Sim! Pega de volta! AGORA!!!

(Palhaço 1 tenta alcançar mas tropeça em uma pedra. Enganos voam)

Palhaço 2: Cara. Agora você misturou tudo.

--- Fim ---

Visita Inesperada

Campainha, quem?
Duas vezes! Quem?
Vou olhar, já vou, campainha.

Quem será? Tocou outra vez, quem será?
Calma, campainha já vou, calma.

Chinelo nos pés - calma! - já vou
Campainha (casaco velho na cadeira)
Já vou, paciência!

TV ligada, muito barulho, calma!
Campainha, quem? Já vou, quem?
(Óculos sobre a mesa)

Chave? Chave? Cão latindo
Calma, cachorrinho, cadê a chave?
Calma, campainha - fechando o casaco - já vou!

Luz apagada, luz acesa, gavetas, chave?
O cãozinho pipocando os pezinhos no chão
(Campainha)
Calma, cãozinho, campainha, já vou!
Já vou! (Chave! Achei!) Já vou!

!

Tempo suspenso (campainha) 
Coração apertado, olhos bem abertos
Chaves ao chão

Cãozinho assustado, óculos partidos
Chinelos rasgados
Chão

Adeus, campainha, quem?


Leo Wilczek

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Poema Bilíngue I, II & III

I
She said: "I'm eighteen"
Eu disse: "Amei-te"
(She ate me).




II
He said:
"Me acalme:
Call me!"




III
This is where
Men imagination sails
                             (seios)




(Leo Wilczek)