
Ainda volto a te ver
(pode ser que não).
Ainda cravo meus dentes
Em teus lábios (quem sabe)
E molho teus dentes
Com minha saliva e meu ódio.
Vou te odiar (é possível).
Tenho certeza que ainda
Em um dia de sol vou te odiar
E deixar de sonhar tua volta (improvável).
Ainda vou te tocar
Sentir os teus vãos e teus rios
(talvez nunca mais)
E lamber em meus dedos teu gosto
E riscar com as unhas tua nuca (hoje não).
Pode ser que jamais
(quem sabe amanhã)
Eu te encontre despida
E sinta em meu peito teus seios
E veja em teus olhos o fim
(quem sabe? Talvez o começo).
Ainda vou ver o dia
(é provável que não)
Em que eu toque teus pés outra vez
No ponto exato em que os calos
Se tornam o arco da planta dos pés
E minha mão se refresque no frio da sola
E meu rosto se amanse macio na coxa
E meus lábios se percam, minha boca em teu ventre.
Nunca mais vou te ver
(quem sabe amanhã).
Quem sabe te encontro
(nunca mais vou te ver).
(Leo Wilczek)
Nossa fiquei sem folego......
ResponderExcluirque te acontece?
Nem sei o que dizer....
não acontece nada.
ResponderExcluiré lindo,
independente do vínculo com a realidade
(o artista não precisa de muitos)
o balé insano do amor e do ódio...
lindo.
se eu pudesse voltar no tempo, não diria nada.
ResponderExcluirou, manteria o elogio à obra, mas jamais iniciando com "não acontece nada".
duro é entender as coisas só depois...
Forgotten
ResponderExcluirHave your forgotten
All this beauty around you
All your worries
Could easily fade behind you
Who is pulling you back
With such strength?
I hear you calling
Your voice is bright
You hear me calling back
After fighting
You're always right
You're always right
And I tried
Who is pulling me back
With such strength?
I hear you calling
Resposta atrasada...
ResponderExcluirWho is pulling you back
With such strength?
...fear of being rejected again.
A única rejeição
ResponderExcluirÉ a de si mesmo
A mais cruel
A mais difícil de se livrar
A mais fácil de se livrar...