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sábado, 11 de setembro de 2010
Minha vida
A minha vida é um oceano.
Ninguém que nele molhe somente a ponta dos pés
Saberá dos segredos imersos, ocultos na água.
Não é uma poça d'água, rasa, evidente, imediata
Que se permita vislumbrar por inteiro num relance
E se esgote em dois minutos sob o sol.
É a superfície calma o que ilude:
São tão poucos os que se arriscam em explorar o fundo
Sequer mergulhar a mão até o pulso, talvez o braço.
Serão neste mundo duas, quiçá três pessoas
A conhecer de fato algo mais que três palmos além do óbvio.
Reviram-se no fundo seres feios, puros, imundos e belos
Luminobscuros, singelameaçadores, rapidolentos
Imagens dúbias, complementares, completas, antagônicas
Antíteses do que é oposto, o contrário do inverso
Criaturas em foco incerto encobertas por areias do tempoceano
Sons de música distante ecoada submersa em água infinda.
(Palavras derretidas)
É azul. Paz.
Porém tantos insistirão em ouvir o motor do barcomundo
Se recusarão a desligar a máquina, usar remo ou vela
Jamais ouvirão o silêncio tatuado no braço d'água
Não saberão da guitarra do insano gato de Alice.
Mas não existe lamento.
É vida viva em corpo vivo
Mente viva em olho vivo
Vivacidade submersa
Em água viva em carne viva
O oceano existe por si
Profundo, vivo, multiface
Ainda que alheias navegantes
Iludidas pela falsa tediosa superfície
Jamais molhem seus cabelos fartos n'água.
(Leo Wilczek)
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A Noise Severe
ResponderExcluirI feel it slip
Slip away
From my hands
All the way
My heart pounds like mad
I feel it slip
Slip away
Why am I?
Why am I here?
So distant from
My old life
My heart feels so sad
What am I doing here?
Doing here
You see
I'm riding endlessly
What will become of me
This higher power knows
You see
I'm waiting patiently
And what this means to me
Nobody ever knows
You see
In all the warmth I feel
Is this the end of me?
Only I should know