Foto: Leo Wilczek |
As idéias dos que amam sem resposta
São bolas de neve, criadas perfeitas, imaculadas
Para serem lançadas contra o chão
Desfeitas, disformes
Os beijos que desejam os que amam sem resposta
São sonhos flutuantes em espaço neutro
Sem platéia, mudos, sós
Sonhados por um instante, e no próximo
Desfeitos, distantes
Os sonhos de quem ama sem resposta
São flores replantadas no concreto
Belas cores e perfumes
Nascidas para uma lápide fria
Desbotadas, destruídas
Quem ama sem reposta
Pensa, sonha, deseja
Sonhos, desejos e idéias
Que logo serão pó, fumaça e cinzas
Espectros onipresentes do futuro natimorto
(Leo Wilczek)
Poema verdade.
ResponderExcluirSibele