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domingo, 15 de agosto de 2010

No início, o Verbo.

Toque a esfera
Ela se dissolverá como bolha de sabão
Só resquícios sobrarão em suas mãos
É o fim da espera

Abriremos a Caixa de Pandora
E o que ali se encontra virá
Em boa hora ou má
Em prosa ou rima solta
Mais ou menos

Se mais, o excesso seja farto
Se menos, seja farto o espaço vão
Mas no espaço ou no excesso
Que nos caia sobre a mão
O pó de ouro, a ilusão
A verdade ou o incerto
Rota certa ou contramão

Pois da espuma, bolha finda
Ou da caixa que se abre
Ou da esfera que se explode
Em caos de espuma sempre leve
Voa o cheiro da mais linda
Poesia que se escreve

Palavras-bolha
Que, explodindo sem sentido
Lançam cor em nosso ouvido



(Leo Wilczek)



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