Foto: Leo Wilczek |
Mãos postas, pedidos aos céus e aos da terra. Em tenebroso e resignado silêncio, a desnecessária palavra é poupada de seu próprio parto. A palavra não-nascida é boca a menos para alimentar.
Da boca muda se deduzem súplicas. E de todos os pedidos que ela faz, o mais profundo será certamente o anseio por um momento de paz.
Implora a negra figura na calçada:
"Que o silêncio que existe fora tome conta do meu coração".
Implora a negra figura na calçada:
"Que o silêncio que existe fora tome conta do meu coração".
(Leo Wilczek)
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